Precisamos falar mais sobre a saúde mental das mulheres (Outubro Rosa)
Podemos ver as mulheres como agentes de mudança social, sendo uma das partes de referência dentro de seus meios familiares, sendo em diversos momentos, parte fundamental da força de trabalho na educação e na atenção básica à saúde. No quesito saúde, esse público também é foco de diversas campanhas de prevenção, como por exemplo ao câncer de mama, o câncer de colo de útero, as infecções pelo HPV e também para os cuidados com a saúde mental.
"Dados segundo a Mental Health Foundation (2016) evidenciam que para cada 5 mulheres de 16 a 25 anos apresentam algum problema psicológico (relatos de automutilação e casos de suicídio). Em âmbito nacional, segundo dados da USP (2020) por conta da pandemia da Covid-19 as mulheres foram as mais afetadas psicologicamente, sendo 40,5% de sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse."
Tais números mostram que a discussão sobre a saúde mental das mulheres vai além de questões biológicas, expressando as condições de gênero que estão suscetíveis a enfrentar frente ao mundo atual. Além do “perfil multitarefa” de ser mãe, cuidadora do lar e muitas vezes ainda ter um segundo emprego, a OMS (2020) considera consequências negativas em decorrência das violências domésticas e reprodutivas, desvantagens socioeconômicas, educacionais e também na questão de oportunidades no mercado de trabalho.
São estatísticas que cada vez mais evidenciam a necessidade de termos uma conscientização individual e coletiva sobre o sofrimento psíquico presente nas mulheres. Um dos passos para promover essa conscientização está sendo feita pelo Hospital San Julian, o maior hospital psiquiátrico do Paraná. De maneira gratuita e assistencial, a organização oferece um ambulatório preparado para atender toda a comunidade que mais precisa. Dessa forma, edifica-se opções para que o indivíduo garanta seu tratamento.
Pequenos cuidados que fazem toda a diferença
Vimos que existem diversas questões a serem enfrentadas pelas mulheres que envolvem a garantia de sua saúde mental, tanto estigmas quanto pressões que existem na sociedade. Apesar das dificuldades, temos diversas opções de tratamento e ajuda que podem beneficiar a saúde mental desse público: médicos psiquiatras, psicólogos, enfermeiras capacitadas em saúde mental, profissionais de assistência social, tratamentos alternativos que envolvem grupos de apoio e até mesmo atendimento on-line para saúde mental.
De acordo com especialistas, mesmo que o indivíduo consiga agir de maneira preventiva e buscar uma das opções citadas para tratamento, fatores externos também podem interferir na saúde mental:
1) Prática de exercícios;
2) Alimentação balanceada;
3) Trabalhar com algo que goste.
A vida por si só é um dos nossos maiores desafios, mas buscar o equilíbrio e alternativas ao nosso alcance que nos auxiliem em sentir momentos de felicidade, torna o dia a dia mais significativo.
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Autor: Luiz Prendin é comunicólogo e suplente do CMDCA pelo Hospital San Julian.