Hospital San Julian - Janeiro Branco e Saúde Mental
Estamos no mês de Janeiro, um mês de iniciar o ano com novas metas e objetivos, almejando um momento de melhora na saúde pública e também na prevenção contra a pandemia do covid-19, que infelizmente perdura na vida de toda a sociedade. Também no mês de Janeiro é trabalhada a conscientização frente a saúde mental, com a campanha do Janeiro Branco. Assim como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, que estimulam a conscientização da prevenção do câncer de mama e de próstata, respectivamente, o Janeiro Branco surgiu com objetivos semelhantes. O objetivo da campanha é evidenciar a importância dos cuidados com a mente.
Segundo uma pesquisa do Datafolha (2021) quatro em cada dez brasileiros tiveram sintomas de ansiedade ou depressão durante a pandemia. Dos 2.055 entrevistados, 44% afirmaram que tiveram problemas psicológicos. De acordo com a pesquisa, os mais afetados foram as mulheres (53%), jovens entre 16 e 24 anos (56%), pessoas economicamente ativas (48%), pessoas com alta escolaridade (57%) e aqueles sem filhos (51%). Além dos dados evidenciados, 28% da amostragem afirmaram ter tido um diagnóstico de depressão ou outra doença relacionada à saúde mental durante a pandemia de Covid-19.
Nos últimos anos, as doenças mentais tiveram um aumento considerável. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Mesmo com esses dados, uma boa parcela desses indivíduos não dispõem de uma assistência médica adequada. Diante de tantas mudanças que o mundo vem passando, estudos apontam que entre 10 e 19 anos existe uma prevalência maior de transtornos mentais, sendo o principal fator agravante as incertezas dessa fase da vida. De acordo ainda com a Organização Pan-Americana de Saúde, as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos. Os dados também apontam que metade de todas as doenças mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada nem tratada. Entre os transtornos, a depressão se destaca como uma das principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes. Infelizmente, a maioria não é diagnosticada e muito menos tratada, tendo como consequência o suicídio como terceira causa de morte entre adolescentes.
É nesse escopo de necessidade pública que o Hospital San Julian, o maior hospital psiquiátrico do Paraná e segundo maior em número de leitos SUS do Brasil, atua no tratamento de adolescentes dependentes de substâncias psicoativas, como o crack e também frente ao público adulto. O atendimento humanizado busca a reconstrução de laços familiares fragilizados, o desenvolvimento da capacidade de se perceber, o descobrimento de novas habilidades, de novas fontes de prazer saudáveis, a renovação do interesse pela educação, o desenvolvimento do autocontrole. Ao sair, o adolescente é encaminhado para dar continuidade ao tratamento nos CAPS, ambulatórios, comunidades terapêuticas e outros equipamentos da rede do SUS.
Acesse nosso folder de conscientização do Janeiro Branco pelo link: Terceiro Setor com Transparência
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