A Alimentação e seus Benefícios para com a Saúde Mental
A depressão é um transtorno mental caracterizado pela perda de interesse em atividades (tanto as consideradas prazerosas pelo indivíduo quanto as realizadas diariamente) e tristeza persistente por pelo menos duas semanas. Pessoas com depressão apresentam sintomas como: perda de energia; mudanças no apetite; aumento ou redução do sono; ansiedade; perda de concentração; indecisão; culpa; e pensamentos de suicídio ou de causar danos a si mesmo. Segundo Khanna, Chattu e Aeri (2019) a depressão afeta 7,4% dos adolescentes globalmente. O intuito em diagnosticar sintomas e entender como a depressão aparece é buscar possibilidades de prevenir o desenvolvimento de tal patologia.
"Segundo os autores, existe uma relação entre a qualidade alimentar e a saúde mental positiva ao longo da vida."
Os vários compostos nutricionais e dietéticos estão envolvidos no início da manutenção, gravidade dos sintomas e distúrbios depressivos (tais compostos podem modular biomarcadores associados à depressão). Alimentos como azeite, peixes, nozes, legumes, laticínios, frutas e vegetais podem diminuir os riscos de depressão e também sanar os sintomas. Por outro lado, o consumo de bebidas açucaradas, alimentos fritos, carnes processadas e produtos assados demonstram associação com riscos aumentados para depressão. A pesquisa defende que o reconhecimento da dieta e nutrição são fatores cruciais na prevenção e gestão de transtornos mentais.
A Neurociência nutricional explora os fatores nutricionais ligados com a cognição, comportamento e emoções humanas. Como exemplo, a pesquisa afirma que a dieta pré-natal e pós-natal é importante tanto para a saúde mental da mãe quanto para o desenvolvimento mental e cognitivo da criança. As proteínas (aminoácidos) são essenciais para o organismo. Nosso corpo fabrica 12 aminoácidos e os 8 restantes devem ser fornecidos pela dieta (aminoácidos essenciais). Alimentos proteicos de alto valor biológico (carnes, ovos, leite e laticínios) são ricos em proteínas de boa qualidade e fornecem aminoácidos essenciais. A ingestão dietética de proteínas pode afetar o funcionamento do cérebro e saúde mental (muitos dos neurotransmissores no cérebro são feitos a partir de aminoácidos).
A teoria bioquímica descreve o desequilíbrio cerebral da depressão em duas famílias de neurotransmissores: serotonina, dopamina, noradrenalina e adrenalina. A serotonina influencia principalmente o humor. A dopamina, noradrenalina e adrenalina influenciam principalmente a motivação.
Imagem referente aos nutrientes para produção de serotonina, dopamina, adrenalina e noradrenalina.
Podemos observar com as imagens acima as vitaminas essenciais para a produção de humor e motivação, assim como os alimentos para evitar ou consumir dependendo da deficiência do neurotransmissor. Torna-se importante tais dados, pois exemplifica a relação entre alimentação saudável e condições para proporcionar uma saúde mental. Apesar de a pesquisa evidenciar algumas comprovações em seu estudo quantitativo (como por exemplo, resultados que indicaram um papel benéfico da dieta mediterrânea suplementada com nozes, tendo como comparativo uma baixa dieta gordurosa) na prevenção da depressão, com uma redução de risco de 25%, os resultados não foram estatisticamente significativos. A justificativa dos autores é que apesar do papel da dieta mediterrânea ter um efeito benéfico de uma intervenção a longo prazo, por exemplo, na depressão com pacientes que possuem diabetes tipo 2 (DM2), faltam investigações com maior número de pacientes e outras pesquisas experimentais sobre o assunto.
Outro exemplo que podemos destacar (sobre o papel nutricional para a saúde mental) é a afirmação da Natuelife (2009) sobre a alimentação ajudar na regulação de alguns componentes bioquímicos envolvidos na saúde do cérebro. A equipe de nutricionistas afirma que apesar da nutrição não ser um substituto ao medicamento e psicoterapia, torna-se um complemento importante, considerando que são reguladores de alguns componentes bioquímicos. Temos como exemplo a vitamina D, vitaminas do complexo B, Triptofano Minerais como zinco e magnésio, Ácidos graxos ômega-3 e ômega 6. Os profissionais afirmam que para além do consumo de tais nutrientes, deve-se consumi-los em quantidades apropriadas para que seu resultado seja efetivo na saúde mental.