1) SAÚDE MENTAL x BRASILEIROS
Podemos observar a necessidade de conscientização sobre o campo da saúde mental, a carência sobre o olhar da urgência de ajuda especializada, por um viés de saúde pública, frente os dependentes químicos (
patologia dual) e também, os desafios que aparecem na percepção de como tais problemas surgem na população de maneira geral.
Uma pesquisa realizada pela UFMG em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Associação Brasileira de Impulsividade e Patologia Duas (ABIPD), Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), Universidade do Texas e Mackenzie (12/01/2021) constatou que o medo foi o principal sentimento dos brasileiros ao longo do primeiro semestre de convivência com o coronavírus (uma pesquisa online que ouviu mais de 200 mil pessoas, entre profissionais da saúde e de outras áreas).
Segundo a professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Débora Marques de Miranda, “as pessoas estavam com tanto medo que elas muitas vezes tinham sintomas, às vezes sem estar com a infecção, inferindo por somatização que poderiam estar com a doença”. Interessante observar que tanto o medo como o isolamento afetam, segundo a professora, a saúde mental da população. No país, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa,
203.202 brasileiros perderam a vida por conta da
covid-19.
Observa-se para além dos desafios de conscientização sobre a necessidade de investimentos públicos com a saúde mental e a concepção por parte da população, o próprio juízo pessoal de que pode haver alguma necessidade de atendimento profissional para cuidar da própria saúde mental.