A ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA E SEUS VALORES DE ASSISTÊNCIA
Muitas são as dúvidas quando se aborda o método de estimulação magnética transcraniana em prol da saúde mental. Como se trata de um assunto recente até mesmo na área de psiquiatria (A EMT foi descoberta em meados da década de 1980 e passou a ser estudada em pacientes cerca de dez anos após ) vamos expor algumas informações pertinentes para que se desmistifique um pouco a questão.
A Estimulação Magnética Transcraniana é uma técnica de neuromodulação moderna, não-invasiva e com mínimos efeitos colaterais. Tem sido aplicada em diversas áreas da saúde, como nas especialidades médicas de psiquiatria, neurologia, otorrino, reumatologia, e em fisioterapia e fonoaudiologia.
A técnica consiste em criar um campo eletromagnético através de uma bobina na região alvo. As regiões alvo podem ser áreas musculares ou nervosas periféricas, bem como regiões cerebrais específicas, como sub-áreas do córtex frontal e córtex têmporo-parietal. A criação do campo eletromagnético pela bobina induz correntes elétricas nas estruturas alvo, fazendo estimulação ou inibição, conforme a intenção do tratamento. O paciente realiza o procedimento sentado em uma poltrona, consciente, e em um curto espaço de tempo (entre 10 e 30 minutos). As sessões são aplicadas diariamente, pelo período de 2 semanas ou mais, conforme o protocolo instituído. Os efeitos colaterais são infrequentes e mínimos, como cefaléia, hiperalgesia em couro cabeludo, os quais são facilmente manejados com analgésicos simples. Em casos raros, podem desencadear crises convulsivas. Por esse motivo, o procedimento deve ser realizado em clínicas especializadas ou hospitais, com suporte de emergências.
O posicionamento do Hospital San Julian frente esse método de tratamento, caminha para a perspectiva de assistência médica. Com isso, tiramos algumas dúvidas com o Dr. Ricardo Sbalqueiro, Coordenador do Programa de Residência Médica, para que nos direcionasse algumas perspectivas: