Atualmente, existem diversas abordagens psicoterápicas, e saber como funciona cada uma delas pode ser útil na hora de iniciar um tratamento.
A psicoterapia é uma ferramenta eficaz para quem deseja potencializar o bem estar. Existem diversas correntes psicoterápicas, e normalmente, podemos nos sentir confusos em relação à quais escolher na hora de iniciar um tratamento psicológico.
Podemos dizer que a psicoterapia é tão antiga quanto a humanidade. Encontramos modalidades de tratamentos psicoterapêuticos em praticamente todas as culturas nativas, de todos os povos. Devemos nos lembrar que etimologicamente, psicoterapia significa “tratamento da alma”. A palavra psicoterapia foi utilizada, historicamente registrado, pela primeira vez, pelo médico escocês James Braid (1795-1860). Curiosamente, foi Braid também quem cunhou o termo Hipnotismo para designar a prática hipnótica. Em seguida, popularizou-se a palavra “Hipnose”, que a rigor seria “estado de sono”.
Na psicoterapia individual, independente da linha ou abordagem que se siga, o paciente tem um tempo e uma confidencialidade (os fatos relatados e ocorrências de sessão) entre ele e o psicoterapeuta. Obviamente, há também mais tempo para trabalhar suas demandas pessoais.
Já na psicoterapia em grupo, também independentemente da abordagem ou linha adotada, seguem-se parâmetros que visam tratar de maneira coletiva as principais demandas que se tem verificado em indivíduos necessitados de tal tratamento. A psicoterapia grupal configura-se, também, como uma modalidade na qual os custos tornam-se mais diluídos e acessíveis à uma grande maioria da população.
Podemos falar de alguns tipos. Atualmente, surgem constantemente novas formas de psicoterapia. Algumas das mais importantes são:
A psicoterapia psicanalítica trata transtornos e perturbações como: pânico, depressão, transtornos obsessivos e esquizofrenia. No tratamento, é possível resolver tanto os sintomas, como a causa geradora. O objetivo da psicoterapia é facilitar o processo de cura e reabilitação dos pacientes.
Na psicoterapia junguiana, o psicólogo monitora o universo simbólico, focando o trabalho com os sonhos. Nesse caso, há um diálogo entre o consciente e o inconsciente, o que ajuda na transformação e na ampliação de um olhar interior do paciente. Nessa terapia também utiliza-se a forma não-interpretativa, por meio de desenhos e sandplay, que é um jogo de areia.
Na técnica da psicoterapia lacaniana, idealizada pelo estudioso Jacques Lacan, o paciente discorre sobre tudo aquilo que o incomoda no dia a dia. Nessa terapia, o psicoterapeuta quase não intervém na fala do paciente, deixando- o discorrer sobre o assunto de forma livre. Nesse caso, o psicólogo escuta o que o paciente tem a falar, mas também fica atento às entrelinhas.
Na psicoterapia cognitivo-construtivista, os pensamentos e as emoções disfuncionais não devem ser eliminadas ou corrigidas, nesse caso, deve ser feita uma leitura pelos pacientes destas emoções. Ainda nessa terapia, o paciente precisa ter uma consciência emocional, e não pensar apenas sobre as emoções, mas vivê-las. Porque a partir do momento que se facilita esse trânsito emocional, os pacientes mudam a forma de lidar com suas próprias emoções, as quais passarão a ser expandidas, ampliadas e vivenciadas.
A psicoterapia analico-comportamental (TAC) tem o objetivo de analisar o comportamento do paciente, que é o agente ativo nesse processo terapêutico. Dessa forma, visando a capacidade deste paciente em manter comportamentos mais saudáveis e mais reforçadores positivos.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é baseada na representação de vivências atuais internas e externas, que determinam as respostas emocionais e comportamentais do paciente. Nesse caso, essa terapia vai ajudar os paciente a distinguir e intervir nesses pensamento e também diferenciá-los, o que é pensamento e o que é sentimento.
É um método psicoterápico desenvolvido pela brasileira Vera Felicidade. Nesse processo psicoterápico, muda-se o comportamento pelo questionamento e pela reestruturação do campo dos problemas. Por exemplo: a pessoa não percebe o problema, não pelo fato de ser algo inconsciente, o que acontece é que o fundo de todo o comportamento não é percebido. Neste momento é que entra o questionamento do especialista, possibilitando novas percepções acerca do problema, além de sugerir mudanças.
Nesse método, o trabalho é feito com relações interpessoais, utilizando por exemplo, ideologias particulares. Essa terapia é orientada pela emoção, em trabalhos em grupo, visando integrar com harmonia o paciente ao coletivo.
O EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) é um processo de dessensibilização de traumas e memórias traumáticas através de movimentos oculares. De maneira sucinta, podemos dizer que a estimulação bilateral cerebral, por meio de elementos visuais, auditivos ou táteis, podem gerar um “diálogo” nos componentes da memória traumática e fazer o seu reprocessamento, levando o indivíduo a ter novas percepções e, consequente, dar novos significados às experiências vividas.
Na psicoterapia por fenomenologia, deve-se buscar entender a vivência dos pacientes no mundo em que vivem, além de compreender a percepção dos mesmos com o mundo a sua volta, além de analisar suas escolhas.
Nas constelações familiares e sistêmicas, desenvolvida por Bert Hellinger, busca-se harmonizar os sistemas de nossa vida, através de representações dos mesmos. Alguns conceitos das Constelações são:
Ordens do Amor: Essas falam das ordens sistêmicas, ou seja, um sistema tem ordens naturais e, entre elas, estão a precedência do sistema (quem chegou primeiro), a hierarquia (quem, por força de quaisquer circunstâncias, está em posição superior); etc. Nas violações da ordem do amor, ocorrem os “emaranhamentos”, que poderíamos definir como patologias do sistema. Alguns emaranhamentos são os excluídos (ausências presentes no sistema) e a inversão de papéis no sistema, como por exemplo, filhos que se colocam no lugar ou acima dos pais, filhos que se colocam como irmãos dos pais, pais que se colocam abaixo dos filhos, e etc.
Ordens da Ajuda: Há um ordenamento natural para se ajudar. Por exemplo, nossa ajuda não pode ser motivo de atrapalhação ou impedimento do crescimento do outro. Uma ordem de ajuda muito importante, é o respeito e honra incondicional à história das outras pessoas. Além desta ordem, temos outras que podem ser melhor explanadas em terapia.
Essa psicoterapia também é conhecida como psicologia corporal. Segundo Reich, os distúrbios psíquicos e emocionais estão diretamente associados às alterações corporais, o que causa tensões musculares crônicas ou flacidez muscular. Nessa psicoterapia não se usa apenas o processo verbal, mas também trabalhos corporais. Entre as práticas corporais, estão: A respiração, técnicas de toques e massagens, trabalhos de expressão sonora, técnicas posturais e de equilíbrio, alongamento, técnicas vivenciais, etc.
Transpessoal significa “além do pessoal”, ou melhor, “além da pessoa”. Nessa linha psicoterápica, pessoa significa personalidade, ou seja, a “máscara” que o indivíduo escolhe para usar socialmente. A Psicologia Transpessoal é também conhecida como a Quarta Força da Psicologia, surgida como uma decorrência ou evolução natural da Terceira Força. É a primeira corrente da psicologia a considerar de maneira expressa, a espiritualidade como algo inerente ao indivíduo, ou seja, há uma dimensão espiritual a ser considerada quando se fala do ser humano como um todo.
A Mindfulness é um tipo de meditação de atenção plena. Ela consiste em trazer a consciência do indivíduo para tudo o que esteja presente naquele momento, isto é, não é um momento de abstração da realidade, mas de reconhecimento daquilo que está presente, desenvolvendo no indivíduo, o senso de presença. Viver plenamente o presente, pode tirar o indivíduo dos traumas do passado e das ansiedades sobre o futuro. Viver o presente é a maneira mais simples e funcional de viver.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/
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